Açoita Cavalo Miúdo
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Nome Comum
Açoita, açoita-cavalo-do-miúdo, açoita-cavalos-branco, ibitinga, ivantingui, vatinga, açoita-cavalo-vermelho, açoita-cavalos, açoite-cavalo, Ibiatingui, caoveti, envireira-do-campo, estribeiro, estriveira, guaxima-do-campo, ibatingui, ivatingui, ivitinga, ivitingui, luitingui, mutamba, pau-de-canga, salta-cavalo, soita, soita-cavalo, ubatinga. Na Argentina Azota caballo, árbol de San Francisco, no Uruguai Francisco Alvarez, no Paraguai ka’a oveti.
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Distribuição
Planta nativa da América do Sul e ocorre de forma natural na Argentina, no Uruguai e no Paraguai. No Brasil, essa espécie ocorre desde Alagoas até o Rio Grande do Sul. É uma espécie secundária inicial a tardia, comum na vegetação secundária, principalmente em capoeiras e invadindo as pastagens. As árvores são longevas e encontradas naturalmente, e principalmente, na Floresta Ombrófila Densa (Floresta Atlântica), na Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária), nas formações Aluviais (Matas de galeria), sendo uma das principais espécies do estrato emergente nessas áreas. Nas Florestas Estacional Semidecidual e Estacional Decidual, também se destacam nas nas formações Aluviais (Matas Ciliares ou de galeria).
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Usos
A madeira de açoita-cavalo é indicada para confecção de estrutura de móveis, hélices de avião, caixas, embalagens, artefatos de madeira, saltos para calçados, peças torneadas e compensadas e confecção de contraplacados, em construção civil, é usada para tacos, ripas, molduras, cordões, guarnições, rodapés, caibros, esquadrias, forros, tabuados e vigamentos, fôrmas de calçados, cabos de vassoura e instrumentos musicais, selas, cangalhas e escovas. A madeira dessa espécie é indicada também para postes, dormentes, laminação, tornearia, mourões e esculturas, é usada para peças curvadas e cadeiras de balanço. Dos galhos, fazem-se chicotes. Essa madeira é considerada uma das melhores para a fabricação de coronhas de armas de fogo. Na medicina popular, a casca é indicada no tratamento do reumatismo, sendo usada também contra disenteria. Na forma de infusão, apresenta efeito adstringente na limpeza de úlceras internas e de feridas. O chá da casca é também usado para fazer bochechos no tratamento de inflamações da garganta, como analgésico para dor de dentes, depurador do sangue, para curar males da bexiga e equilibrar o sono. Esse chá é indicado também no tratamento de melena (cólica intestinal seguida de diarréia com evacuação dolorosa e presença de sangue nas fezes). As raízes são depurativas e as folhas e flores, mesmo secas, são usadas em xaropes contra a tosse, laringites, bronquites e para lavar e aplicar em feridas. Os índios de várias etnias do Paraná e de Santa Catarina usam as folhas e a casca do caule do açoita-cavalo para descolorir o cabelo, no tratamento de bronquite, no combate aos vermes e na cura de câncer, gastrite e má digestão.
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Ficha Técnica
Nome científico: Luehea divaricata Martius & Zucarini
Família botânica: Tiliaceae
Origem: Nativa da América do Sul
Floração: Março-Julho
Frutificação: Março-Julho
Conservação
Localização
Outras espécies